sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Casa Vazia

Que susto ao chegar em minha casa!
Ao abrir a porta vi que nela nada havia
Nenhum móvel, nem riscados nem brasa
Vi um par que há um tempo não via

No canto da sala vi meu cobertor surrado
Dobrado com carinho e de cor azul anil
Encostado nele estava meu amigo amado
Meu travesseiro velho que muito me ouviu

Fiquei atordoado por alguns minutos
Mas subi muito rápido para olhar o sótão
Ufa! Minha bagunça estava lá sem diminutos
Coisas que mudaram e que não voltam

Desci para a sala e olhei pela janela
O sol branco raiava sobre meu gramado
O negrume das coisas que foram pra ela
Toda cor havia sumido ou se esvaziado

Fui trocar uma ideia com meu bom amigo
De certa forma é bom estar comigo novamente
Sem preocupações e olhando pro próprio umbigo
Nenhum móvel pra limpar, nem tampouco gente

Quem sabe um dia arrumo uma mobília nova
Não sei quando vou precisar acomoda-la
Mas quando chegar a hora queria ter a prova
De que talvez fosse ficar e que pudesse para sempre
Ama-la.

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