quarta-feira, 12 de agosto de 2015

De Quereres Queríveis

Queria um abraço
Disse o eremita
Queria mais espaço
Disse o individualista

Queria um aperto
Disse o folgado
Queria um emprego
Disse o desempregado

Queria um jantar
Disse o esfomeado
Queria me revoltar
Disse o conformado

Queria uma cabeleira
Disse o careca
Queria uma brejeira
Disse a perereca

E eu? Eu queria você
Não como quem não tem
Mas como o bolo quer glacê
Ou um moleque quer um vintém

Queria quereres inqueríveis
Quereres que queria não querer
Queria que fosse tudo querível
Não vivo de querer, mas de você

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